Que imagem tem a mulher de verdade?
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Quem nunca ouviu ou cantarolou “Amélia não tinha a menor vaidade. Amélia é que era mulher de verdade”? A famosa música que exalta a resignação da mulher. Provavelmente há 70 anos a falta de vaidade na mulher pudesse ser admirável. Talvez, por não conhecerem outra realidade elas acreditassem que se sujeitando a tudo se tornariam mulheres de verdade. Mas quem é a mulher de verdade de hoje? Qual é a imagem dessa mulher?
Independente de qualquer definição que possam estar pensando, acredito que em nenhuma a total ausência de vaidade esteja presente. A mulher de verdade não se define por extremos, não é aquela sem nenhuma vaidade e nem aquela com vaidade excessiva. Conseguimos ultrapassar muitas barreiras, rompemos as fronteiras da vaidade pura e simples. Temos a necessidade de, além de embelezar o corpo, nutrir a alma. Temos a consciência do quanto valemos, do que queremos e do que podemos (e po-de-mos). Confiamos em nossas capacidades e as alimentamos. Somos protagonistas, fazemos acontecer.
A imagem da mulher vem mudando de forma considerável, tanto estética quanto politicamente. A preocupação com a imagem deixou de ser vista como mera futilidade e, mais do que nunca, há um propósito saudável em cada escolha que fazemos sempre que abrimos nossos guarda-roupas. Não nos vestimos para enganar, pelo contrário, nos vestimos justamente para que saibam quem somos de verdade. Não escolhemos nossas roupas, calçados e acessórios para refletir uma imagem friamente calculada, nossas escolhas são realmente pensadas, mas para externar da forma mais leal possível o nosso íntimo. Deixamos de apenas seguir padrões de beleza e passamos a reconhecer a nossa própria e a nos expressar através dela. Assumimo-nos como somos e não é à toa que estamos mudando os mercados da moda e da beleza, estamos despertando os interesses da grande mídia e da indústria para a beleza real, sem retoques (lentamente, mas há mudanças acontecendo).
Voltando a tentativa de definição, digo que a mulher de verdade é aquela maravilhosa que se aceita, mas que entende que aceitação não é sinônimo de estagnação; aquela que ama seu corpo perfeito com suas estrias ou celulites, com seus quadris largos ou estreitos, com suas cicatrizes, suas pernas fininhas ou gordinhas ou malhadas. Aquela que sorri para si mesma todas as manhãs. Aquela linda que se cuida, que trabalha para mudar o que por ventura a incomode, mas que não se submete a nada que a maltrate. Aquela que se permite relaxar, mas que luta como uma leona quando preciso. Que está aqui para ajudar, mas reconhece quando precisa de ajuda. Aquela que sabe que sua autoestima não pode depender de outros. É aquela que prefere o calor humano em todas as suas dimensões e verdades do que a imagem fantasiosa que vê estampada na revista.
Desejo que saibamos cada vez mais expressar nossas almas através da imagem e de nossas atitudes. Desejo não apenas um Feliz Dia, mas uma Feliz Vida a todas nós, mulheres de verdade!
Bjs e muita luz!